10 MINUTOS A LER!

ARISTIDES SOUSA MENDES – UM HOMEM BOM, de Rui Afonso e O CÔNSUL DESOBEDIENTE, de Sónia Louro

Num momento em que muitas são as homenagens, mundo afora, prestadas a ARISTIDES SOUSA MENDES, não poderia deixar de sugerir a leitura dos livros acima indicados que dele mostram um pouco do seu SER.
A leitura do primeiro provocou em mim múltiplas reflexões e algumas lágrimas. Lágrimas pela generosidade de UM HOMEM tão especial e pela perversidade de alguns seres que não consigo apelidar de pessoas. Reflexões para tentar perceber a coexistência entre a bondade e a perversidade; a generosidade e a indiferença, o egocentrismo… Reflexões porque sempre penso “E se fosse eu?” 
Como poderia ficar indiferente?” Há pessoas que passam no mundo como cometas brilhantes, e as suas existências nunca serão esquecidas. Aristides de Sousa Mendes foi uma dessas pessoas. Cônsul brilhante, marido feliz, pai orgulhoso, teve a sua vida destruída quando, para salvar 30.000 vidas, ousou desafiar as ordens de Salazar.” Não obstante, a LUZ de Sousa Mendes ficaria para sempre em mim e com ela a tristeza de ver o quanto era ignorado no país em que nascera.
A leitura de O CÔNSUL DESOBEDIENTE reforçou o meu sentir. Como era possível? Um HOMEM que, aquando da invasão de França pelos nazis (maio de 1940), sendo então cônsul em Bordéus e vendo-se perante o doloroso dilema de saber se deveria cumprir as ordens de Salazar, negando vistos para Portugal aos refugiados que os solicitavam ou seguir a sua consciência e, desobedecendo ao ditador, optara por passar os vistos que significavam a diferença entre a vida e a morte para milhares de pessoas, sobretudo judeus, seguindo os ditames da sua consciência, merecia tamanho desconhecimento?
Volvidos alguns anos, já se fala um pouco mais deste HERÓI NACIONAL. Espero que não sejam apenas “palavras” de circunstância. 
LM