FERNANDO António Nogueira PESSOA (13 de junho de 1888 - 30 de novembro de 1935)


Foi poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político. Dele dizem ser o mais universal poeta português. 
Para além da vasta obra como poeta ortónimo, legou-nos a dos heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos e do semi-heterónimo Bernardo Soares. 
Contudo, segundo vários estudiosos, terá esboçado mais de 70 heterónimos. Uno na diversidade e diverso na unidade, PESSOA, o mais universal e (acrescento) fascinante ESCRITOR continua a gerar vivo interesse junto de poetas, músicos, pintores, psicólogos e psicanalistas, ensaístas e críticos, investigadores múltiplos nacionais e internacionais que - confessam - jamais conseguem aceder ao âmago de si, prosseguindo na caminhada alimentados pelo seu indizível fascínio.
Pessoa é sombra e luz, crer e descrer, música e pintura, sol e lua, esperança e desesperança, tédio e entusiasmo…PESSOA é o VERBO!

Porque com ele e nele “Todas as madrugadas são a madrugada e a vida.” e no seu dizer…

Multipliquei-me, para me sentir,
Para me sentir, precisei sentir tudo,
Transbordei, não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.

In “Sentir tudo de todas as maneiras”, Álvaro de Campos
LM